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Soft Machine vem a SP como a principal atração do Jazz na Fábrica

Combate Rock

01/08/2015 21h08

Marcelo Moreira

Soft Machine versão 2015 (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Soft Machine versão 2015 (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Sem muito alarde, um dos grandes nomes do rock instrumental de todos os tempos tocará em São Paulo neste mês de agosto. Do rock progressivo ao jazz rock, passando pelo blues e pelo rock psicodélico, o grupo inglês Soft Machine está perto de comemorar 50 anos de atividade, com alguns hiatos neste período, e é a grande atração do festival "Jazz na Fábrica", no Sesc Pompéia de 6 a 30 de agosto.

Formado em 1966, o Soft Machine apareceu com uma proposta das mais ousadas na música pop, prometendo empurrar as fronteiras do rock. Os primeiros passos foram cautelosos, dentro da psicodelia inglesa, mas logo o grupo voou para além do que faziam Pink Floyd, The Moody Boues e The Move, por exemplo.

O quarteto abraçou o rock progressivo, para depois enveredar pela música instrumental, misturando jazz, rock, música erudita e blues. A formação inicial era um timaço:

Robert Wyatt na bateria e vocal, Kevin Ayers no baixo e vocal, Daevid Allen na guitarra e Mike Ratledge no teclado. Gravaram o primeiro e único single da banda e outras gravações demo que foram lançadas vários anos depois.

Em 1967, após retorno de uma apresentação na França, Allen, que era australiano, foi proibido de reentrar na Inglaterra, então o grupo continuou como um trio. Allen formou em seguida o Gong, em Paris, banda que liderou por 48 anos (com alguns breve intervalos, quando foi fazer outras coisas) até o começo de 2015, quando morreu aos 77 anos em decorrência de um câncer.

Em 1968, o Soft Machine fez uma turnê pelos Estados Unidos, abrindo para a Jimi Hendrix Experience. Durante essa turnê ele gravaram seu primeiro álbum, em Nova York. Após a saída de Ayers, no final da mesma turnê, o Soft Machine refez a formação com a inclusão de Hugh Hopper no baixo.

A saída de Ayers inaugurou uma sequência alucinada de troca de integrantes que adentrou os anos 70, mas que acabou "revelando" um dos ases da guitarra, o mágico Allan Holdsworth.

A partir dos anos 80, a banda reduziu as atividades, com shows esporádicos e poucos lançamentos com músicas inéditas, mas continuou como referência no rock instrumental e no rock progressivo, o que torna "obrigatória" a presença no show de quem gosta de rock bem feito e bem tocado, ainda que sem vocais. A formação atual tem o baterista John Marshall, o guitarrista John Etheridge, o baixista Roy Babbington e o saxofonista Theo Travis.

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Serviço:

Soft Machine no Sesc Pompéia

Dias 13 e 14 de agosto, quinta e sexta, às 21h30, na Choperia.

Ingressos: R$ 15,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 25,00 (usuário inscrito, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 50,00 (inteira).

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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