Sesc Interlagos promove festival de blues em julho
da equipe Combate Rock
O blues ganha espaço interessante no Sesc Interlagos neste mês. O Interlagos 'n' Blues vai reunir quatro artistas importantes do gênero em todos os domingos do mês na Praça Pau-Brasil, em shows gratuitos de uma hora, sempre às 16h.
Quem abre o pequeno festival é a General Blues, banda de Franca (interior de São Paulo) que tem uma cantora, a Tatiana Braganholo, que se destaca pelo timbre vocal e pela presença de palco. O show é neste domingo, dia 5 de julho.
No dia 12, é a vez da banda carioca Blues Etílicos, pioneira do gênero no Brasil, e cantando em português à época, mesclando com composições em inglês, já que seu guitarrista e vocalista, Greg Wilson, é norte-americano. A banda ainda divulga o excelente álbum "Puro Malte", lançado em 2013.
No dia 19, o guitarrista Carlos Café é a atração. Ele apresenta canções autorais de seus 30 anos de carreira e oferece ao público releituras de grandes mestres e grandes clássicos do blues mundial, acompanhado da banda Expresso Blues.
Encerrando o projeto, o mestre André Christóvam toca a sua mágica guitarra no dia 26, fazendo um apanhado de seus 35 anos de carreira.
Aproveitando a presença da General Blues em São Paulo, o Combate Rock reproduz um texto publicado originalmente na revista Eonline, do Sesc São Paulo, em março de 2014, apresentando Tatiana Braganholo e a banda.
A pessoa certa, no lugar e na hora certos. Parece a citação de um ditado popular, mas na real é a constatação de uma cantora salvando a pauta de uma edição.
A EOnline queria produzir conteúdo sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia 8 de março. E eis que naquele sábado ela, Tatiana Braganholo, vocalista da banda General Blues, já se preparava para subir ao palco para seu show no Sesc Thermas de Presidente Prudente quando gentilmente topou atender a equipe para um papo sobre o papel da mulher no blues.
Sim, o gênero que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos e profunda associação à conquista de liberdade, bebidas e mulheres bonitas – por isso caracterizado pelo domínio masculino nos vocais – vem dando espaço para as mulheres nos microfones.
A General Blues, banda de Franca, interior paulista, é um exemplo de formação em que a mulher está no centro de um conjunto de blues. Liderada por Tatiana, o grupo lança seu primeiro disco intitulado "Space Blues" e abre espaço no cenário brasileiro para um blues mais contemporâneo.
A formação ganha intensidade com a sonoridade do guitarrista Fabiano Salmazzo "Coelho", Ricardo Fadul na bateria e Ismael Derruci no contrabaixo.
Tatiana conta que ainda não é possível viver somente de música, mas após a gravação do álbum "Space Blues" as portas começaram a se abrir e o fato de ter uma mulher à frente da banda, muitas vezes, chama ainda mais a atenção e cativa o público.
"Ás vezes, nós estamos tocando e as pessoas escutam, mas não estão vendo a banda ainda e a hora que chegam mais perto falam: 'Nossa é uma mulher que está cantando, que legal'", cita.
Ela concorda que a mulher está tradicionalmente às margens no blues, mas que essa diferença vem sendo reduzida gradativamente. "O blues não é um estilo muito divulgado, principalmente no meio feminino, e com uma mulher cantando é mais difícil ainda. Então, a banda tem esse diferencial que acaba abrindo portas, eu imagino", conta a vocalista.
O desejo de cantar aconteceu quando era pequena, quando fazia aulas de violão e piano. Ela recebeu um convite para fazer teste na banda General Blues depois que o vocalista da antiga formação foi para o exterior.
Fadul, o baterista, foi quem a chamou e de cara Tatiana foi aprovada para as apresentações que estavam marcadas. "Foi tudo muito rápido e eu já estou cantando há 15 anos mais ou menos", complementa.
Não só de rock viveu Janis Joplin. Tatiana Braganholo conta que sua maior inspiração é a cantora que atravessou gerações com seu rock n' roll, blues e soul.
Além de Janis Joplin, a vocalista também tem inspirações fora do blues, como Areta Franklin. "Hoje, para mim, cantar é uma questão de honra. Quando a gente vê um trabalho pronto é uma experiência viciante", conta.
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