Veteranos do UFO mostram boa forma em novo CD
Dum de Lucca – do site Jukebox
Representante da melhor safra do rock pesado inglês, o UFO, fundado em 1969 pelo núcleo Phil Mogg, vocais, o guitarrista Mick Bolton, o baixista Pete Way e o baterista Andy Parker, acaba de lançar seu 22° álbum, "A Conspiracy of Stars".
O trabalho foi gravado, produzido e mixado por Chris Tsangarides (Judas Priest, Thin Lizzy, Gary Moore) e pode ser encontrado como um Digipak (com um pôster e bônus tracks), CD, vinil duplo e download via Steamhammer.
Durante sua longa e bem sucedida trajetória, mesmo não tendo alcançado a popularidade de grupos como Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin, o UFO se manteve firme colocando no mercado discos de qualidade e, consequentemente, mantendo uma horda de fãs fiéis.
Mesmo sofrendo mudanças de formação e mudanças estilísticas ao longo de sua longa carreira, a banda sempre serviu como um refúgio para a musicalidade de qualidade, e "A Conspiracy of Stars" mantem essa reputação.
Confesso que, quando vi o CD em uma loja de Berlin em abril, achei que ouviria uma banda de hard/heavy metal com todos os estereótipos de um grupo veterano que precisa lançar um novo trabalho.
Porém, quando ouvi o CD, ainda em Berlin, percebi que o UFO produziu um álbum com ótimos riffs de guitarras, tambores pesados e muita pegada. Dito isto, o UFO mostra que soube se reinventar de forma consistente. Por exemplo, encontrei solos de guitarras excelentes.
Se eles são semelhantes ao material passado ou não, isso não importa, pois são inspirados, têm criatividade e destreza com a quantidade perfeita. A
nova formação, além de Phil Mogg e Andy Parker, tem o virtuoso guitarrista Vinnie Moore, o baixista Rob De Luca e Paul Raymond nos teclados, guitarra acústica e backing vocais. São onze faixas muito bem estruturadas.
Com produção esmerada, desde a faixa de abertura "The Killing Kid", com seu peso marcante e um batera poderosa, sem perder a musicalidade harmônica da banda, passando pela balada rocker "Ballad Of The Left Hand Gun" com seus riffs dobrados, até a visceral "Messiah of Love", o UFO mostra que está em ótima forma.
O casamento entre o baixo e a bateria é perfeito. E essa é um dos pontos forte de "A Conspiracy Of Stars", mostrando que os membros do grupo são qualificados e experientes o suficiente para saber exatamente o que querem do ponto de vista do ritmo.
Phil Mogg, durante sua carreira, desenvolveu uma certa marca de vocais e manteve esse selo nesse álbum. Ele é o típico cantor rock dos anos 1970, e o mais incrível é que soa da mesma forma como fez em álbuns antigos.
Na verdade, este álbum se encaixa em um seleto grupo de álbuns cujas canções são fundamentalmente a mesma coisa, mas o diferencial é fazer disso um som revigorante e emocionante em todos os sentidos.
Para minha surpresa, o UFO ainda tem muita bala para disparar. Talvez por isso, seus últimos três álbuns obtiveram boas posições nas paradas do Reino Unido. Finalizando, "A Conspiracy of Stars" é um bom álbum para qualquer um que gosta de hard rock direto e metal clássico.
Apesar de não se comparar aos grandes trabalhos da banda, não decepciona os fãs do gênero. Sem efeitos especiais ou surpresas de estúdio, é um disco sólido e convincente.
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